A saudade é um bichinho agoniado que gosta de passear pelo corpo.
Mexe nos olhos, dança até se sentir molhado, encharcado, até tentar se afogar.
O coração ele gosta de manter disparado, até se sentir cômodo, vibrante.
Tudo fica menor longe de quem se gosta, tudo se torna compacto, parece caber na palma na mão. Só o coração insiste em se manter descompassado, apertado. A saudade morre quando tem um espaço muito grande, ela gosta de ficar apertadinha, desconfortável. A sensação de matá-la nos faz mais leves, melhores, mais felizes.
A capacidade de ressucitar também lhe pertence, logo logo ela volta.
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